A nova norma IFRS 18 torna obrigatória a apresentação do lucro operacional na DRE, promovendo mais transparência e comparabilidade nos relatórios financeiros.

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A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um dos principais relatórios financeiros utilizados para mensurar o desempenho econômico de uma entidade. Com a evolução das normas contábeis internacionais, a introdução da linha do lucro operacional na DRE tornou-se um tema de grande relevância, impactando diretamente a transparência e a comparabilidade das demonstrações financeiras.
Em 2023, o International Accounting Standards Board (IASB) promulgou a norma IFRS 18 – Apresentação das Demonstrações Financeiras, que estabelece diretrizes mais rigorosas para a estruturação dos relatórios contábeis. Uma das mudanças mais significativas é a obrigatoriedade da apresentação do lucro operacional na DRE a partir de 1º de janeiro de 2027. Neste artigo, exploramos o impacto dessa nova exigência e como ela beneficia empresas, investidores e o mercado financeiro.
O que é o Lucro Operacional e Por que Ele Importa?
O lucro operacional é uma métrica essencial para medir a eficiência de uma empresa em suas atividades principais. Ele exclui receitas e despesas financeiras, tributos sobre o lucro e itens não recorrentes, permitindo uma análise mais precisa da capacidade da entidade de gerar valor.
No Brasil, a DRE tradicionalmente não apresentava uma linha específica para o lucro operacional, o que exigia que analistas e investidores realizassem ajustes manuais para comparar empresas de diferentes setores. Com a chegada do IFRS 18, essa lacuna será preenchida, tornando a interpretação dos resultados mais objetiva e confiável.
Como o IFRS 18 Muda a Estrutura da DRE?
O IFRS 18 impõe uma estrutura padronizada para a apresentação das demonstrações financeiras. Entre os principais impactos dessa norma, destacam-se:
- Obrigatoriedade da linha do lucro operacional: Todas as empresas que seguem o IFRS precisarão apresentar essa métrica de forma padronizada.
- Maior transparência e comparabilidade: Com critérios objetivos para classificar itens operacionais e não operacionais, a subjetividade na elaboração da DRE será reduzida.
- Facilidade na análise de desempenho: Investidores e reguladores poderão comparar empresas de diferentes setores sem a necessidade de ajustes manuais.
Com isso, espera-se que a nova padronização fortaleça a governança corporativa, melhorando a confiabilidade das informações divulgadas ao mercado.
Impactos do IFRS 18 para Empresas e Investidores
A adoção do IFRS 18 trará mudanças estratégicas para as empresas, que precisarão revisar suas práticas contábeis e financeiras. Os principais impactos incluem:
Empresas: devem se preparar para ajustar seus relatórios contábeis e treinar suas equipes financeiras para cumprir a nova exigência até 2027.
Investidores: passarão a contar com dados mais claros e confiáveis para avaliar a eficiência operacional das empresas, reduzindo o risco de distorções causadas por itens extraordinários ou ajustes contábeis não recorrentes.
Mercado financeiro: a tendência é que haja um aumento na credibilidade das demonstrações financeiras, promovendo um ambiente mais seguro para decisões de investimento.
Conclusão
A introdução do lucro operacional na DRE, conforme exigido pelo IFRS 18, representa um avanço significativo na padronização das demonstrações financeiras. Essa mudança trará mais clareza, comparabilidade e governança corporativa, beneficiando empresas, investidores e reguladores.
Diante dessa nova realidade, as empresas precisam começar a se preparar agora para garantir conformidade e otimizar sua apresentação financeira.
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*Por Mariano Soares – Gerente de Auditoria Contábil e Financeira